Demorar depende do morrer.
Ainda respiro com o poema pendurado
no gancho esquerdo
das promessas.
Percorro o susto metálico dos
pássaro-caça: “de onde veio a bala?”
Um último canto esvazia para sempre
os pulmões em miniatura:
escultura plumas e pele.
- Para onde vai a queda?
***
Não moldar-se nas armadilhas.
De todas expedições da alma
fica a amplitude do resto:
oceanos que armazenei
em pavimentos sem certeza.
Os navios sempre maiores
do que a minha natureza.
À mesa, camarões condenados amparam-se até o fim da fome.
Matadouro Imperfeito, de Patrícia Claudine Hoffmann, está disponível na loja virtual da editora Letradágua:
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